EDP aposta no mercado livre e é líder no modelo varejista
Com o avanço da abertura do mercado livre, a figura do comercializador varejista deverá ganhar ainda mais importância; para acompanhar esse cenário, empresa vem investindo na consolidação de sua estrutura de vendas, com canais digitais, call center, parceiros comerciais e equipe de vendas própria, voltados para PMEs.
A EDP, empresa que atua em todos os segmentos do setor elétrico brasileiro, deu um salto no número de clientes varejistas, porta de entrada para o mercado livre, alcançando a marca de 661 unidades consumidoras, na grande maioria unidades com demandas abaixo de 500kW.
O avanço reflete o pioneirismo da EDP, que foi uma das primeiras empresas a criar uma comercializadora varejista (responsável pela gestão de compra e venda de energia para consumidores e geradores) no Brasil, em 2018. Segundo ranking elaborado pela Thunders a partir do InfoMercado CCEE, publicado em junho de 2024, a EDP é o maior agente de comercialização varejista do setor elétrico brasileiro por consumo e por número de unidades consumidoras associadas. Atualmente, os 10 maiores varejistas do país detêm cerca de 50% do total de unidades consumidoras desse mercado. A EDP é a primeira deste ranking, com uma fatia de aproximadamente 10%.
Com a abertura do mercado livre para todos os consumidores de média e alta tensão, em janeiro deste ano, e o consequente potencial de abertura a todos os consumidores até o final desta década, a figura do comercializador varejista vem ganhando ainda mais importância.
“A liberalização para média e alta tensão, se compararmos com 2023, trouxe um número maior de migração. Porém, o que nos chama a atenção é a adesão maior do que se imaginava pelas empresas. O segmento de alta tensão poderá agregar cerca de 100 mil unidades consumidoras potenciais, ou seja, cresce a competitividade, mas aumenta também o potencial a ser explorado”, explica o diretor comercial da EDP na América do Sul, Diogo Baraban.
Diante deste cenário, a EDP vem ampliando o seu portfólio e buscando atuar com protagonismo no segmento de PMEs, tanto no mercado livre de energia, quanto na geração solar distribuída, que é também um segmento prioritário na estratégia de crescimento da empresa no Brasil, com o objetivo de alcançar 500 MWp de capacidade instalada até 2026. .
Além de focar na infraestrutura, a EDP vem investindo na ampliação da equipe comercial, nos sistemas de migração, em plataformas de relacionamento com o cliente, dentre outros. “No mercado varejista, que é o principal canal de expansão do mercado livre, já temos uma estrutura dentro da organização com gestão de portfólio e análise”, afirma o diretor comercial da EDP na América do Sul.
A evolução desse mercado é tanta que dados da CCEE apontam que a entrada de novos consumidores no mercado livre de energia é continua. Em julho, dado mais recente da CCEE, mostra a entrada de 2.456 novos consumidores nesta modalidade, o que representa uma alta de 272% quando comparado ao mesmo intervalo de 2023. O que chama mais atenção é que, no período, 61% das migrações foram realizadas por meio do comercializador varejista.
“Conforme o mercado vai sendo aberto, a competitividade tende a crescer, pois o cliente se torna protagonista de seu consumo de energia, podendo avaliar e escolher as melhores condições considerando diversos aspectos, como custos, qualidade e eficiência do serviço, fonte de energia e questões relacionadas à sustentabilidade”, diz Baraban.