EDP investe R$ 13 bilhões em geração distribuída
A forte atuação em 17 mercados e o recente impulso em projetos de GD levaram a empresa a uma posição de liderança neste segmento. Grupo já instalou 1,6 GWp globalmente
A geração solar distribuída, também conhecida como GD, tornou-se um dos segmentos de negócio de mais rápido crescimento da EDP – tanto que deverá representar cerca de 50% das novas adições de energia solar a nível global nos próximos anos. O grupo está empenhado em investir cerca de R$ 13 bilhões até 2026 para instalar mais 4 GWp em projetos solares para famílias e empresas, contribuindo de forma decisiva para a transição energética.
A EDP já ocupa uma posição de liderança mundial neste segmento e é líder entre os operadores de base europeia. Com mais de uma década de experiência em GD, o grupo já instalou cerca de 1,6 GWp de capacidade de solar distribuído em clientes empresariais e residenciais em todo o mundo, dos quais 0,9 GWp por meio do modelo As-a-Service, em que a empresa assume 100% do investimento e estabelece um contrato de longo prazo com o cliente.
Com operações de geração solar distribuída em 17 mercados em todo o mundo, o grupo tem expertise e equipes dedicadas que já implementaram 127 mil instalações em projetos para pequenas, médias e grandes empresas (na Europa, Ásia-Pacífico, América do Norte e Brasil) e em residencias (na Europa). Um marco que demonstra a sólida capacidade da EDP para assegurar clientes a nível global, ao mesmo tempo em que contribui para um planeta mais sustentável para todos.
"A geração solar distribuída representa uma enorme oportunidade para acelerar a transição energética em conjunto com os nossos clientes. Este segmento de negócio pode proporcionar, de forma eficiente, economias significativas nos custos de energia para os nossos clientes, uma vez que os tempos de licenciamento e desenvolvimento são mais curtos e o retorno do investimento é mais rápido, em comparação a projetos de energias renováveis de maior escala. Responde também às crescentes aspirações de independência energética dos clientes. Estamos orgulhosos por podermos ser parceiros de milhares de empresas e famílias, gerando energia limpa, segura e acessível para todos", afirma Miguel Stilwell d'Andrade, presidente executivo da EDP.
Brasil
Na EDP Brasil, a geração distribuída tem se tornado prioridade na estratégia da empresa em energia solar, com o objetivo de chegar a 530 MWp de capacidade instalada nesta modalidade até 2026 – um crescimento de 520% em relação à 2022, com investimento de R$ 2,3 bilhões.
Para 2023, está prevista a construção de mais de 50 usinas de geração distribuída com capacidade instalada total de mais de 170 MWp. Com isso, a expectativa da EDP Brasil é chegar ao final do ano com mais de 260 MWp de capacidade instalada em geração distribuída, quase triplicando a capacidade instalada atual de 95 MWp.
O foco da empresa é o modelo de Geração Compartilhada Remota, em que a EDP Brasil implanta projetos de até 3 MW para atender múltiplos clientes, que podem ser pequenas, médias e grandes empresas, organizados em um consórcio. Neste modelo, a usina solar deve estar localizada na mesma área da concessionária distribuidora de energia. Atualmente, a EDP Brasil atua nessa modalidade em nove estados brasileiros (ES, GO, MG, MS, PE, PR, RJ, SP e RS) e 43% do portfólio de geração distribuída da companhia está na região em que a empresa é também a concessionária distribuidora de energia, ou seja, nos estados do Espírito Santo e de São Paulo.
A maior conscientização dos clientes, que pretendem descarbonizar seus negócios e operações por meio do uso de energia renovável, além da economia com os custos de energia, têm contribuído para impulsionar a demanda pela geração distribuída. Para além do compromisso das empresas em implementar processos sustentáveis em toda a cadeia produtiva, destacam-se as orientações de governos e agências regulatórias no sentido de estimular a transição energética e o desenvolvimento da energia solar por meio de incentivos.
“No ano passado, nos dedicamos a desenvolver soluções que nos fizeram avançar significativamente nesse segmento e o objetivo é continuar crescendo e impulsionando a transição energética também por meio da geração distribuída. O Brasil é líder mundial nessa modalidade, e isso é inédito. Não existe país no mundo em que a geração solar descentralizada seja maior que geração eólica e solar de grande escala. Para nós, essa é uma oportunidade e agora, também, uma das nossas prioridades”, reforça João Marques da Cruz, CEO da EDP no Brasil.
O executivo se refere a dados divulgados em março pelo Ministério de Minas e Energia de que, em apenas dois meses, a capacidade instalada da geração distribuída solar no país cresceu 1 GW, atingindo 18 GW. Com isso, a energia solar se torna a segunda maior potência do Brasil, com um total de 26 GW, atrás apenas da geração hidrelétrica e ultrapassando os 25 GW da eólica.
Solar Digital
No recorte para o mercado brasileiro, a EDP desenvolveu um estudo de mercado específico com o objetivo de validar as vantagens estratégicas da geração distribuída, reforçadas por um marco regulatório robusto através da Lei 14.300. A partir desse trabalho, a companhia criou um modelo de negócio próprio, com diferenciais de mercado relevantes para os clientes. A EDP oferece a energia solar distribuída por meio de um serviço de assinatura, que não exige investimento inicial dos clientes nem a necessidade de instalação local, resultando em uma economia no curto prazo nos seus gastos com energia.
Outros mercados
Na Europa, espera-se que a capacidade instalada de energia solar distribuída da EDP cresça ~5x em 2023-26. A parceria recentemente anunciada com a Navigator para um projeto solar de 17MWp, em Portugal, demonstra a capacidade da EDP para ser um parceiro importante para as empresas que enfrentam o desafio da transição energética.
Nos EUA, existe um significativo potencial para desenvolver projetos de energia solar distribuída em grandes clientes comerciais e industriais, e, também, comunidades de energia. Espera-se que a EDP tenha um crescimento de 5x nos próximos três anos, por meio de parcerias corporativas importantes, como a maior parceria corporativa assinada entre a EDP Renováveis e a Google ou a recente parceria com a Lufthansa para desenvolver um projeto em Porto Rico.
Na APAC, a EDP planeja triplicar a sua presença em energia solar distribuída até 2026, apoiada pelos crescentes objetivos de descarbonização e pela forte presença industrial na região. A empresa já tem mais de 1,1 GWp em carteira e mais de 150 MWp assegurados ou em construção. Recentemente, na China, a EDP desenvolveu o seu maior projeto de energia solar distribuída a nível mundial, com uma capacidade de 19 MWp.
Em simultâneo, a EDP é cada vez mais escolhida por empresas globais para desenvolver projetos solares em múltiplas localizações e países. A Faurecia, multinacional de componentes automóveis, escolheu a EDP para desenvolver projetos na Europa, Ásia e Estados Unidos, num total de até 60 localizações.
O grupo está confiante de que este crescimento global será suportado por um tempo de entrada em mercado mais curto, por uma maior flexibilidade na ligação à rede, pelo licenciamento e pela cadeia de abastecimento, bem como por uma previsibilidade de preços a longo prazo, respondendo simultaneamente às crescentes preocupações dos clientes com a independência energética e oferecendo uma solução competitiva para as suas necessidades energéticas.
Fontes Renováveis
A estratégia da empresa no país está alinhada à atualização do plano de investimentos global, apresentada recentemente ao mercado. Dos R$ 130 bilhões que o Grupo EDP planeja investir até 2026 em todo o mundo, cerca de R$ 110 bilhões são para energias renováveis. Nesse ritmo, a adição de capacidade instalada renovável deve ser de 4,5 GW por ano, totalizando 18 GW até 2026. Assim, a companhia visa atingir uma capacidade instalada de renováveis de 33 GW até 2026, com a ambição de chegar a mais de 50 GW até 2030.
Sobre a EDP no Brasil
Presente em 29 mercados, o Grupo EDP está no Brasil há mais de 27 anos com R$ 41 bilhões em ativos no país, caracterizando esta como a segunda maior operação do grupo no mundo. A companhia conta com mais de 12 mil colaboradores diretos e terceirizados no Brasil e atua nos segmentos de geração, distribuição, transmissão e comercialização de energia, além do desenvolvimento, construção e manutenção de ativos eólicos e solares. A empresa oferece soluções de energia voltadas ao mercado B2B, por meio da geração solar centralizada e distribuída, e da comercialização de energia no mercado livre. Pioneira, a EDP foi a primeira empresa a produzir hidrogênio verde na América Latina. Em 2023, foi eleita pelo quarto ano consecutivo a empresa mais inovadora do setor elétrico pelo ranking Valor Inovação, do jornal Valor Econômico, e é referência em ESG, ocupando, em 2021 e 2022, o primeiro lugar do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3, no qual permaneceu por 17 anos.