EDP Ventures Brasil faz primeiro investimento

Segunda-feira 18, Fevereiro 2019

A Delfos, startup cearense do setor elétrico, acabou de fechar captação de investimento de R$ 1,5 milhão para aprimorar soluções de Inteligência Artificial para previsão de falhas

A EDP Ventures Brasil, veículo de investimentos de capital de risco (Corporate Venture Capital) do Grupo EDP, acabou de realizar seu primeiro aporte financeiro numa startup do mercado elétrico brasileiro. A cearense Delfos vai utilizar o aporte de R$ 1,5 milhão para finalizar o desenvolvimento da Inteligência Artificial aplicada à manutenção preditiva de usinas de geração de energia. Além da EDP Ventures Brasil, que atuou como Investidor Líder, sendo responsável pela maior fatia do capital, o aporte tem participação do BMG Uptech e da Bossa Nova Investimentos.



“Escolhemos a Delfos para receber o primeiro aporte da EDP Ventures Brasil por acreditarmos que esta solução brasileira tem um grande potencial de crescimento no mercado de energias renováveis local e global. Queremos investir para alavancar o desenvolvimento de tecnologias criadas no Brasil e que tenham qualidade para ganhar o mundo”, afirma Cassio Vidigal, Head da empresa de Venture Capital da EDP.



Segundo Rosario Cannata, Investment Manager da EDP Ventures “A Inteligência artificial aplicada à manutenção preditiva é uma tecnologia muito inovadora, com a qual a Delfos poderá ajudar empresas de energia eólica, hidrelétrica e solar a se tornarem mais eficientes, aumentando a produção das usinas e reduzindo seus custos através da previsão de falhas e de um melhor conhecimento operacional”. A Delfos iniciou sua relação com a EDP em 2016, ao vencer o concurso de startups EDP Open Innovation e receber uma premiação de 50 mil euros para o desenvolvimento de um sistema de previsão de falhas em turbinas eólicas. Na ocasião, o administrador Guilherme Studart e o engenheiro Samuel Lima criaram um modelo de cruzamento de dados capaz de antecipar o desgaste dos componentes e recomendar a manutenção preventiva dos equipamentos.



Durante esse período, a startup passou por todos os processos de mentoria da EDP e conquistou grandes clientes no País, encerrando o ano de 2018 com projetos e contratos envolvendo 3,1 GW (gigawatts) de ativos, mais do que sete vezes o total monitorado em 2017 (0,4 GW).



 “O apoio da EDP impulsionou a forma de atuação da Delfos no mercado. Nossa solução tem como objetivo possibilitar uma Governança Operacional eficiente, reduzindo incertezas operacionais e aumentando a produtividade dos ativos de energias renováveis. Queremos expandir nosso negócio utilizando a Inteligência Artificial aplicada a todos os segmentos do setor de Energia ”, destaca Guilherme Studart, CEO da Delfos.    



Com o aporte da EDP Ventures Brasil, BMG Uptech e Bossa Nova, a startup pretende agora consolidar a robustez da plataforma, aumentando a escalabilidade, além de aperfeiçoar a confiabilidade dos dados, tornando o sistema capaz de operar em tempo real e gerando um clone virtual para a captação de possíveis falhas. Além do apoio financeiro, BMG Uptech e Bossa Nova contam com um portfólio de mais de 400 startups investidas e poderão ajudar a Delfos na expansão local e internacional e no acesso a capital de risco em futuras captações. Os investidores terão direito a uma participação minoritária da empresa e trabalharão em conjunto para dar suporte ao crescimento da Companhia.



A escolha da EDP Ventures Brasil



No início de 2018, a Delfos desenvolveu um projeto-piloto com a EDP Renováveis em um complexo eólico na Bélgica. O modelo de previsão de falhas, testado em 11 turbinas, aumentou sua capacidade de análise e melhorou a habilidade de tratar dados, gerando modelos mais assertivos e painéis de análise aprimorados. A constante evolução da plataforma atraiu o interesse da EDP Ventures Brasil, que, com apenas oito meses de atuação, já havia prospectado mais de 200 startups e conversado com mais de 70 fundos de investimentos, aceleradoras e polos tecnológicos.



Além de investimento direto, a empresa de Venture Capital da EDP oferece também apoio financeiro para a realização de projetos-piloto, acesso às áreas de negócio e ativos do Grupo EDP e seus parceiros em 16 países, além do acompanhamento de uma rede de incubadoras, aceleradoras e investidores brasileiros e internacionais.



A EDP Ventures Brasil procura startups com soluções para o mercado de energia que possam trazer valor para o grupo dentro das seguintes verticais de investimento: energia renovável, redes inteligentes, armazenamento de energia, Inovação digital (blockchain, IoT, big data, realidade virtual), Soluções com foco no cliente (fintechs, soluções inteligentes para casa) e área de suporte (legal tech, plataformas de RH).



A EDP Ventures Brasil avalia desde startups em fase inicial de desenvolvimento (seed investment) até startups mais maduras, em fase de escala e tração no mercado (series A), com a possibilidade de co-investimento com outras corporações ou fundos parceiros. Interessados podem acessar o site www.edpventures.vc para obter mais informações ou inscrever novos projetos.



O Grupo EDP possui uma estratégia global de Corporate Venture. Por meio de um veículo semelhante existente em Portugal desde 2008, a EDP já investiu mais de 30 milhões de euros em 22 startups.



Plataforma de inovação aberta da EDP Brasil



No Brasil, a EDP apoia o empreendedorismo nacional no setor de energia desde 2015, com iniciativas que auxiliam no desenvolvimento de soluções desde a ideia inicial até o investimento, passando pelos processos de prototipagem, aceleração e projeto-piloto. Os programas de aceleração EDP Starter Brasil e Free Electrons são as principais portas de entrada para a aproximação com a Companhia.



Sobre a EDP Brasil



Com mais de 20 anos de atuação, a EDP é uma das maiores empresas privadas do setor elétrico a operar em toda a cadeia de valor. A Companhia, que tem mais de 10 mil colaboradores diretos e terceirizados, atua em Geração, Distribuição, Transmissão, Comercialização e Serviços de Energia. Possui seis unidades de geração hidrelétrica e uma termelétrica, e atende cerca de 3,4 milhões de clientes pelas suas Distribuidoras em São Paulo e no Espírito Santo. Recentemente, tornou-se a principal acionista da CELESC, em Santa Catarina. No Brasil, é referência em áreas como Inovação, Governança e Sustentabilidade, estando há 13 anos consecutivos no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3.