EDP inicia 2017 com fortalecimento do seu investimento no setor elétrico brasileiro

Quarta-feira 03, Maio 2017

Vencedora no último leilão de transmissão com investimentos de R$ 3 bilhões em quatro lotes arrematados, a empresa registrou resultados recorrentes positivos no primeiro trimestre, com crescimento de 18% no EBITDA ajustado

Para a EDP Brasil, os primeiros meses de 2017 estão marcados pelo fortalecimento e pela diversificação do seu investimento. O grande destaque do período ficou por conta da ampliação da presença da Companhia no segmento de Transmissão de Energia, após arrematar quatro lotes de linhas e subestações no leilão organizado pela Agência Nacional de energia Elétrica (Aneel) em 24 de abril.

Em termos do investimento previsto nas obras, a Empresa liderou o certame, ganhando o direito de construir linhas de transmissão nas quais deve aportar mais de R$ 3 bilhões. Os empreendimentos vão adicionar cerca de 1.200 quilômetros de redes transmissoras ao sistema elétrico nacional, nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Maranhão.

"Os primeiros meses de 2017 marcam o início de uma nova fase de trajetória de crescimento no Brasil. A área de transmissão é estruturante para o desenvolvimento do setor elétrico. A EDP já investia em outros segmentos como geração, comercialização e distribuição, e agora queremos participar no desenvolvimento do segmento de transmissão, afirma o presidente da EDP Brasil, Miguel Setas.

Resultados 1º Trimestre

Entre janeiro e março, a Companhia registrou alta de 18,1% do EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado na comparação com 2016, alcançando os R$ 539,7 milhões. O dado desconsidera efeitos não recorrentes que impulsionaram o balanço do ano anterior, como a conclusão da venda da Pantanal Energética e o ressarcimento de um seguro da Usina Termelétrica Pecém I.

O lucro líquido ajustado atingiu R$ 134,8 milhões, aumento de 108,9% na mesma base de comparação. Vale notar também o trabalho da EDP para manter uma operação controlada e eficiente. Nos três primeiros meses de 2017, os gastos do Grupo com Pessoal, Material, Serviços de Terceiros, Provisões e Outros Gerenciáveis (PMSO) cresceu apenas 3,6%, abaixo da inflação registrada no período por meio do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 4,57%.

Avanços na Distribuição

As distribuidoras de energia EDP São Paulo e EDP Espírito Santo concentraram investimentos no combate às fraudes e à inadimplência no primeiro trimestre do ano e, como resultado, obtiveram uma redução das perdas não técnicas na baixa tensão. Ao todo, foram R$ 22 milhões aplicados no programa.

Na área de concessão paulista, as perdas foram reduzidas em 1,77 ponto percentual, terminando o mês de março em 9,6%. Já no estado capixaba, o índice caiu 1,61 ponto percentual, para 13,08%.

O investimento total das duas concessionárias no trimestre somou R$ 141,4 milhões, mais do que o dobro do realizado em 2016. Além do combate a perdas, os recursos foram utilizados para obras de melhoria e manutenção, desenvolvimento da rede BTZero, instalação de conjuntos de medição, e recomposição da rede com a implementação de novos tipos de cabo.

UHE São Manoel

Até o final de março, as obras da Usina Hidrelétrica São Manoel atingiram 85% de evolução física. Com estimativa de entrega em 2018, o empreendimento, localizado na divisa entre os estados de Mato Grosso e Pará, está em fase final de construção.

O investimento realizado até o momento na usina chega a R$ 2,8 bilhões. Apenas entre janeiro e março, foram aportados R$ 177,6 milhões na construção. A UHE é uma parceria entre a EDP Brasil, a CTG Brasil e a Furnas Centrais Elétricas, cada uma com 33,33% das participações.

UTE Pecém

Em sua operação da Usina Termelétrica Pecém I, a EDP alcançou outro importante resultado no período: a consolidação da eficiência operacional do empreendimento. No primeiro trimestre de 2017, a disponibilidade média da UTE chegou a 94%, índice superior ao que é exigido pelo regulador, 90%.