EDP Brasil registra EBITDA de R$ 448,1 milhões no 2T16

Terça-feira 26, Julho 2016

EBITDA recorrente, desconsiderando ganho contábil na aquisição da UTE Pecém I, apresenta crescimento de 11%

A EDP Brasil, empresa que atua nas áreas de geração, distribuição, comercialização e soluções de energia, apresenta EBITDA (lucro antes de taxas, impostos, depreciação e amortização) de R$ 448,1 milhões no segundo trimestre deste ano.

Na comparação com o R$ 1,2 bilhão do mesmo período do ano anterior, o número representa recuo de 63,3%, quando houve um efeito positivo de R$ 884,7 milhões decorrentes do ganho contábil na aquisição dos 50% restantes da UTE Pecém I. Desconsiderando esse efeito não recorrente no ano anterior e a contabilização da unidade geradora em ambos os períodos, o EBITDA registra evolução de 11% no trimestre.

"Ao analisarmos os números em bases comparáveis, ou seja, desconsiderando os efeitos de Pecém no balanço, observamos uma evolução positiva dado o atual contexto de mercado", afirma Miguel Setas, diretor-presidente da Companhia.

No segundo trimestre, a EDP Brasil registrou lucro líquido de R$ 97,8 milhões e receita operacional líquida, excluindo a receita de construção, de R$ 2,0 bilhões. Considerando o acumulado nos seis primeiros meses de 2016, a Companhia acumula EBITDA de R$ 1,3 bilhão e lucro líquido de R$ 399,9 milhões. A receita operacional líquida soma R$ 4,1 bilhões.

No período de abril a junho, destaca-se o aumento de capital de R$ 1,5 bilhão via emissão de novas ações. Parte do valor foi destinado ao pagamento de dívidas, resultando na queda de 30,3% do endividamento líquido, de R$ 4,9 bilhões para R$ 3,4 bilhões. "A melhora da nossa estrutura de capital posiciona-nos adequadamente para o momento presente de mercado", complementa Miguel Setas. A relação Dívida Líquida/EBITDA, que representa a capacidade de pagamento da Companhia, melhorou de 1,8 vez no fim de junho de 2015 para 1,3 vez no mesmo mês deste ano.

Geração dobra EBITDA

A principal contribuição ao EBITDA do segundo trimestre é proveniente da área de Geração de energia, cujo número avançou de R$ 183,3 milhões no segundo trimestre de 2015 para R$ 368,4 milhões no mesmo período deste ano, crescimento de 101%. A área também reverteu o prejuízo de R$ 13,5 milhões no mesmo período do ano anterior para lucro líquido de R$ 137,8 milhões no segundo trimestre deste ano.

Essa melhora no desempenho se deve, essencialmente, a dois fatores principais: à contabilização integral de Pecém, que ocorreu a partir de meados de maio de 2015, e à melhora do cenário hidrológico, verificada pela evolução do GSF médio para 89,9% no segundo trimestre e pela queda do PLD (Preço de Liquidação das Diferenças).

Na Distribuição e na Comercialização, os resultados obtidos no segundo trimestre foram impactados pela retração no mercado e pelo cenário de preços baixos. Nesse contexto, a área de Distribuição verificou EBITDA de R$ 114,1 milhões e lucro líquido de R$ 30,8 milhões. Na Comercializadora, o EBITDA e o lucro líquido registraram valores negativos de R$ 9,4 milhões e R$ 12,9 milhões, respectivamente.

Usina antecipada em oito meses

Em linha com um dos pilares estratégicos da Companhia - comprometimento com a execução superior -, a primeira turbina da UHE Cachoeira Caldeirão, localizada no estado do Amapá, iniciou a operação comercial em maio, antecipando as obras em aproximadamente oito meses. A segunda unidade iniciou as operações em junho, e a terceira permanece em fase final de testes. Dessa forma, a usina começou a gerar receita no segundo trimestre, registrando faturamento de R$ 3,6 milhões.

Na UHE São Manoel, usina em construção entre os estados do Mato Grosso e do Pará, as obras apresentam evolução de 64,4%. A previsão para o início da operação comercial é maio de 2018.