EDP Brasil supera patamar de R$ 3 bilhões no EBITDA em 2015

Quinta-feira 03, Março 2016

Companhia avança em todas as prioridades estratégicas definidas para o ano; lucro líquido aumenta 70% em relação ao ano anterior

A EDP Brasil, empresa que atua nas áreas de geração, distribuição, comercialização e serviços de energia, superou importantes marcas em 2015, ano em que completou 20 anos de presença no País e 10 anos de IPO (Oferta Pública Inicial de Ações). Pela primeira vez, a Companhia divulga EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) superior a R$ 3 bilhões e lucro acima de R$ 1 bilhão.

Os números refletem a implementação da estratégia estabelecida pela Companhia para o biênio 2014/2015. "Avançamos em todas as prioridades estratégicas definidas para 2015, o que nos permitiu entregar os resultados superiores deste ano", afirma Miguel Setas, diretor-presidente da EDP Brasil. "Entre as metas cumpridas ao longo do ano, destacamos o importante turnaround econômico e operacional da UTE Pecém I, cuja aquisição reforçou nosso posicionamento como operador hidrotérmico de referência" , complementa.

Em 2015, o EBITDA apresentou crescimento de 56,8%, de R$ 1,9 bilhão em 2014 para R$ 3,0 bilhões. No quarto trimestre, o avanço foi de 3,3% ante o mesmo período de 2014, de R$ 760,3 milhões para R$ 785,3 milhões.

Do mesmo modo, a EDP Brasil acumulou lucro líquido de R$ 1,3 bilhão em 2015, valor 70,3% maior que os R$ 743,5 milhões registrados no ano anterior. No quarto trimestre, observa-se a mesma tendência de melhora nos números: evolução de 20,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior, passando de R$ 317,3 milhões para R$ 383,1 milhões.

A receita operacional líquida, excluindo a receita de construção, também reforça os números apresentados no decorrer de 2015, com desempenho 13,8% acima na comparação com 2014, para R$ 9,79 bilhões. No quarto trimestre foi registrado recuo de 13,2% ante o mesmo período do ano anterior, para R$ 2,39 bilhões, resultante da contabilização, no quarto trimestre de 2014 de todo o saldo de ativos setoriais naquele momento conforme regra contábil.

Consolidação de Pecém

A EDP Brasil adquiriu a participação restante de 50% na UTE Pecém I em 2015, o que permitiu à Companhia executar o turnaround econômico da unidade. Centrada na otimização operacional e regulatória, esse foi o primeiro ano em que a usina gerou lucro líquido positivo. Os ganhos foram de R$ 22,15 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 236,25 milhões registrado em 2014.

As melhorias na unidade permitiram que a usina apresentasse um aumento de 12 p.p. na disponibilidade média, de 76% em 2014 para 88% em 2015.

Otimização do portfólio

A estratégia de se consolidar como empresa de referência em geração hidrotérmica continuou em evolução em 2015, dando sequência à reorganização do portfólio de ativos. A EDP Brasil assinou contrato de venda da Pantanal Energética para a Cachoeira Escura Energética e concluiu a transferência da EDP Renováveis Brasil, passando o controle para a EDP Renováveis.

A empresa avançou na construção de duas usinas hidrelétricas: UHE Cachoeira Caldeirão e UHE São manoel. No fim de 2015, as usinas estavam com 95% e 37% das obras concluídas, respectivamente.

No cenário de aquisições, a EDP Brasil concluiu em 2015 a compra da APS,especializada em serviços de eficiência energética, reforçando a posição da Companhia como um dos principais players do Brasil em soluções personalizadas de projetos de eficiência energética.

Melhora de eficiência operacional

Em 2015, as distribuidoras investiram no combate às perdas de energia nas áreas de concessão, incrementando a qualidade do serviço oferecido à população. No Espírito Santo, a EDP Escelsa apresentou redução de cerca de 3 pontos porcentuais no índice de perdas nãoTécnicas em baixa tensão, para 14,89%. Esse é o menor valor apresentado nos últimos 13 anos. Em São Paulo, a EDP Bandeirante também obteve melhoria, reduzindo as perdas em 1,55 ponto porcentual, para 10,60%.

Esse efeito é resultado dos investimentos de R$ 67,1 milhões realizados em 2015 em ações de combate às perdas. Os recursos foram destinados a reforçar o monitoramento remoto da rede, incrementar as operações de recuperação de energia e promover programas de eficiência energética.

A evolução dos índices de qualidade das distribuidoras, os quais se mantiveram dentro dos limites estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), também reforça o compromisso em oferecer um serviço de qualidade superior. Tanto na EDP Bandeirante quanto na EDP Escelsa, o FEC, que mede a frequência de interrupção de energia por cliente, recuou de 5,35 vezes em São Paulo e de 6,45 vezes no Espírito Santo para 5,09 vezes. O DEC, que indica a duração de interrupção por cliente, avançou de 7,63 horas para 8,42 horas na EDP Bandeirante e contraiu de 10,37 horas para 9,10 horas na EDP Escelsa.

Maior valorização das ações no setor elétrico

O ano de 2015 também foi marcado pela valorização das ações da EDP Brasil na BM&FBovespa. Os papéis acumularam avanço de 36,2% no ano, configurando-se como o principal movimento de alta do setor elétrico. O desempenho positivo se contrapõe ao recuo do Ibovespa (-13,3%), principal índice de referência do mercado acionário, e do IEE (-8,7%), utilizado como benchmark para o setor de energia elétrica. Desse modo, a EDP Brasil encerrou 2015 totalizando um valor de mercado de R$ 5,7 bilhões.