EDP registra EBITDA de R$ 1,2 bilhão no segundo trimestre de 2015

Quinta-feira 30, Julho 2015

Crescimento foi de 184% sobre resultado de 2014. Capacidade instalada do Grupo aumenta 15%.

A EDP, empresa que atua nas áreas de geração, distribuição e comercialização de energia elétrica, registrou EBITDA (lucro antes de impostos, taxas, depreciação e amortização) de R$ 1,2 bilhão no segundo trimestre de 2015, aumento de 184% em relação aos R$ 430 milhões obtidos no mesmo período do ano passado.

O lucro líquido no segundo trimestre também teve forte crescimento e alcançou R$ 744 milhões, variação de 305% sobre o resultado do mesmo trimestre de 2014 (R$ 184 milhões). A receita operacional líquida foi de R$ 2,5 bilhões, aumento de 43% na comparação com R$ 1,8 bilhão do mesmo período do ano passado.

No acumulado dos seis primeiros meses de 2015, a EDP apresenta EBITDA de R$ 1,6 bilhão. O lucro líquido neste primeiro semestre chegou a R$ 827,6 milhões contra R$ 283,2 milhões do mesmo período de 2014, elevação de 192%. Na receita operacional líquida, a diferença foi positiva de 19%, com total de R$ 4,6 bilhões em 2015.

Clareza estratégica

O resultado do Grupo neste segundo trimestre reflete a clareza estratégica da Empresa, segundo o diretor-presidente Miguel Setas. "Diante de um cenário desafiador, a EDP reforçou seu posicionamento como operador hidrotérmico de referência", afirma Setas. "O foco e a perseverança na implantação de nossa estratégia têm produzido resultados consistentes".

Desde o início deste ano, a EDP realizou quatro transações societárias alinhadas com essa estratégia. Vendeu sua participação na EDP Renováveis do Brasil, transação que deve ser finalizada até o final de 2015; concluiu a compra da UTE Pecém I, no Ceará, gerando um impacto contábil no EBITDA de R$ 885 milhões no segundo trimestre do ano. E, no mês passado, o Grupo anunciou a aquisição da empresa APS Soluções, reforçando sua posição em eficiência energética, um dos segmentos com maior potencial de crescimento no mercado de energia.

Adicionalmente, como evento subsequente do período, a Companhia anunciou a venda da Pantanal Energética, por R$ 390 milhões. A Transação está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e deve ser finalizada até o início de 2016.

Execução superior

A UTE Pecém I ainda contribuiu para o resultado do segundo trimestre por seu desempenho operacional. No acumulado do ano, a usina apresentou disponibilidade de 88%, 12 p.p. acima do realizado em 2014. Do ponto de vista financeiro, a UTE Pecém I apresentou EBITDA, nos primeiros seis meses do ano, de R$ 142 milhões, contra R$ 82 milhões no mesmo período de 2014.

"Temos um compromisso com a execução superior", afirma Miguel Setas, numa prática que vale para usinas prontas como a UTE Pecém I ou em obras. Atualmente, a EDP está envolvida na construção de duas UHEs. No Amapá, a usina Cachoeira Caldeirão já atingiu a marca de 85% das obras concluídas e no Mato Grosso, a usina São Manoel, ainda no início da construção, atingiu 15% de conclusão, ambas seguindo o mesmo modelo bem-sucedido de gestão da UHE Santo Antônio do Jari, que entrou em operação antes do prazo e dentro do orçamento previsto.

Resultados consistentes

Em Geração, o EBITDA da unidade de negócios atingiu R$ 183,3 milhões de reais no segundo trimestre de 2015, aumento de 17,2%. Com a conclusão da compra dos 50% remanescentes da UTE Pecém I, a capacidade instalada da EDP passou de 2,4 GW e atingiu 2,7 GW. A entrada das usinas Cachoeira Caldeirão, prevista para 2017, e São Manoel, em 2018, levarão a capacidade do Grupo para 3 GW.

Na Distribuição, o EBITDA foi de R$ 172,6 milhões contra um resultado negativo no segundo trimestre de 2014 de R$ 124,6 milhões. As distribuidoras do Grupo investiram R$ 21,3 milhões em programas de combate às perdas no segundo trimestre do ano. As perdas não técnicas totais apresentaram redução de 0,34 p.p. na EDP Bandeirante e de 0,46 p.p. na EDP Escelsa, na comparação com março de 2015.

Na Comercialização, o EBITDA atingiu R$ 12,9 milhões no segundo trimestre. Em 2014, o resultado foi de R$ 11,8 milhões. A EDP GRID apresentou um EBITDA de R$ 2,0 milhões. Destaca-se novamente o investimento na ampliação do portfólio de serviços prestados, com a compra do controle da APS Soluções, empresa com mais de 20 anos no mercado. A transação está alinhada com o foco da EDP de se afirmar como um player relevante na prestação de serviços de energia.