EDP registra EBITDA de R$ 409 milhões no primeiro trimestre de 2015

Quarta-feira 06, Maio 2015

O resultado deve-se ao aumento de 61,6% do EBITDA do segmento de distribuição. devido aos reajustes tarifários anuais, crescimento moderado das vendas de energia e impacto positivo da provisão de fornecimento não faturado das classes de consumo, compensado parcialmente pela redução de 26,2% do EBITDA do segmento de geração em função do GSF inferior ao 1T14 (1T15: 79% vs. 96% no 1T14) e do menor volume de energia comercializada no segmento de comercialização.

A EDP, empresa que atua na área de geração, comercialização e distribuição de energia elétrica, registrou EBITDA (lucros antes de impostos, resultados financeiros, depreciação e amortização) de R$ 408,6 milhões neste primeiro trimestre de 2015. O resultado foi influenciado, principalmente, pelo aumento de R$ 85,5 milhões do EBITDA do segmento de distribuição, compensado parcialmente pela redução de R$ 63,7 milhões do segmento de geração e R$ 22,0 milhões no segmento de comercialização.

No geral, o EBITDA da EDP manteve-se no mesmo patamar em relação ao mesmo período de 2014 (R$ 406,4 milhões), com leve aumento de 0,5%. O lucro líquido no primeiro trimestre foi de R$ 83,6 milhões, ante R$ 99,5 milhões em 2014, e a receita líquida foi de R$ 2,1 bilhões no primeiro trimestre de 2015, estável em relação ao ano passado (R$ 2,1 bilhões).

A Companhia apresentou despesas (pessoal, material, serviços de terceiros e outros), 10,9% inferior ao quarto trimestre de 2014 e 8,7% superior ao 1T14, resultado em linha com a inflação acumulada nos últimos 12 meses de cada período.

Relativamente às perdas não técnicas em baixa tensão, ambas as distribuidoras conseguiram apresentar redução. Na EDP Bandeirante, a redução de 0.3 p.p reflete a recuperação de 7,5 GWh de energia faturada resultante da intensificação do "Programa de Combate às Perdas Não Técnicas" na região de Guarulhos, Poá e Ferraz de Vasconcelos.

Já na EDP Escelsa, a redução de 1,1 p.p reflete os investimentos realizados no 2S14 com foco nos projetos "BTZero" e "Telemedição" focados em melhorar a aferição de energia com a instalação de medidores individuais para os consumidores, dificultando o furto de eletricidade.

O volume de energia distribuida pelas concessionárias no 1T15 atingiu 6.764 GWh, 0,6% acima dos 6.726 GWh distribuídos no 1T14. No segmento de geração, o volume de energia vendida no primeiro trimestre foi de 2.260 GWh, 1,9% acima dos 2.217 GWh do mesmo período do ano passado. Já em comercialização, o volume de energia, no primeiro trimestre, passou de 3.458 GWh em 2014 para 2.514 GWh em 2015, principalmente, em função da redução da liquidez do mercado livre de energia.

Miguel Setas nomeado para o Conselho de Administração

Em abril, a EDP Portugal anunciou que Miguel Setas, Diretor-Presidente e Diretor de Relações com Investidores da EDP do Brasil passa a integrar o Conselho de Administração Executivo (CAE), órgão que faz a gestão das atividades do Grupo EDP. Com a nomeação, o Brasil ganha maior representatividade nas decisões do CAE, evidenciando a relevância dos negócios no País para a matriz portuguesa.

Evolução nas obras das usinas

No primeiro trimestre de 2015, destaque para a evolução das usinas hidrelétricas Cachoeira Caldeirão (80%), no Amapá, e São Manoel (8,5%), entre os estados de Mato Grosso e Pará. Já UTE Pecém I, no Ceará, registrou 96,2% de disponibilidade no período e EBITDA de R$ 46 milhões.

Em setembro de 2014, três meses antes do previsto, entrou em operação a primeira unidade geradora da usina hidrelétrica de Jari. Em 1º de janeiro de 2015, conforme a Câmera de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), iniciaram oficialmente os contratos de venda de energia da UHE Jari.