A Bandeirante Energia investirá R$ 330 milhões nos próximos três anos, sem encargos financeiros, dos quais R$ 120 milhões serão destinados a projetos de modernização da Empresa. Os demais R$ 210 milhões serão repartidos entre o atendimento ao mercado, o aumento da segurança operativa e a remodelação e expansão das redes elétricas, destacando-se, neste último item, a construção de quatro novas estações, a ampliação de uma estação já em operação, a aquisição de uma estação móvel e a construção ou recondutoramento de mais de 40 km de linhas de alta tensão."Uma das principais diretrizes estratégicas definidas pela Bandeirante para os próximos três anos é a modernização da Empresa, tornando-a mais eficiente e preparando-a para um mercado elétrico competitivo, recorrendo às mais modernas tecnologias e ferramentas de informação de gestão existentes no mundo, contribuindo para o bem-estar dos seus clientes e da sociedade", afirmou Joaquim Silva Filipe, diretor-presidente da Bandeirante, em entrevista coletiva, dia 4 de abril, na sede da Companhia.Segundo ele, os projetos de modernização considerados prioritários são: o telecomando e a automação das redes elétricas, visando a maior eficiência operacional da Empresa, reduzindo os gastos e aumentando a qualidade do serviço prestado, diminuindo os desligamentos e o tempo de atendimento aos clientes; o sistema de informações técnicas, que permitirá à Bandeirante dispor de uma base cartográfica digital, gerir as interrupções do fornecimento de energia e efetuar a análise das redes, aumentando, também, a eficiência e a qualidade do serviço; e o sistema de gestão de clientes, que possibilitará o gerenciamento completo do contrato com os consumidores, agilizando todo o processo comercial, desde a contratação até a leitura e o faturamento, proporcionando um maior conforto ao cliente no seu relacionamento com a Empresa."Estes projetos já estão em andamento - informou Silva Filipe - e completam os investimentos em modernização iniciados após a privatização da Bandeirante, em setembro de 1998". Quanto aos gastos operacionais, o diretor-presidente da Empresa previu que serão empregados R$ 585 milhões nos próximos três anos na manutenção dos serviços e das redes elétricas da Bandeirante, além de despesas com pessoal, serviços de terceiros e aquisição de materiais.Para Silva Filipe, a política de investimentos da Bandeirante Energia está amparada na estratégia da EDP-Electricidade de Portugal de continuar apostando no mercado brasileiro. O grupo europeu já investiu US$ 1,7 bilhões no País - dos quais US$ 662 milhões na Bandeirante - e tem feito aqui importantes investimentos em geração.Quanto ao mercado de distribuição de energia elétrica, Silva Filipe previu um crescimento do consumo de 0,9% em relação a 2000 e 10,1% em relação a 2001, atingindo-se a venda de 11,4 mil GWh na área de concessão da Empresa, que atende a 28 municípios no Estado de São Paulo, distribuídos nas regiões Alto do Tietê e Vale do Paraíba. Lembrou ele que o racionamento continuou nos dois primeiros meses de 2002, embora com restrições menores, e que os hábitos de racionalização adquiridos pelos clientes continuarão a influenciar o crescimento do mercado, assim como as medidas e investimentos que foram feitos visando o uso eficiente da eletricidade.